Santa Maria Madalena

É uma autêntica joia da arquitectura barroca em Portugal e o epicentro do festival Extremo. A capela de Santa Maria Madalena foi erguida a partir dos finais do século XVII, tendo como figura fundamental dessa empreitada o arquiteto André Soares, responsável por alguns dos mais importantes monumentos civis e militares dessa época na região minhota.

     A obra que dá à capela a face que hoje conhecemos começa em 1753 e prolongar-se-á por uma década, já com José de Bragança como arcebispo. A André Soares, que desde cedo foi protegido do prelado, coube desenhar a nova fachada da capela e a escadaria, num desenvolvimento cenográfico, bem ao jeito do barroco e da obra do arquiteto bracarense. 

     O edifício, também conhecido como Santuário da Falperra, é património nacional desde 2017, fruto de um esforço conjunto dos municípios de Guimarães e Braga. A capela assenta sobre a linha de fronteira entre os dois municípios, e ainda que, para efeitos administrativos e religiosos, seja considerada como parte do território vimaranense, é para Braga que se volta.

41º 31′ 19.31″ N 8º 23′ 15.72″ W

Capela de Santa Marta do Leão

A devoção a Santa Marta leva a que existam várias capelas no território que a ela são dedicadas. A capela de Santa Marta do Leão é assim chamada por se encontrar nas imediações da Fonte do Leão, uma peça barroca que ainda hoje é procurada pela população local pela pureza e frescura das suas águas. 

     Datada de 1917, a capela de Santa Marta do Leão é a mais recente das construções do conjunto do monte da Falperra. Apesar de se encontrar em território de Guimarães, a capela foi oferecida pelo benemérito bracarense Júlio d’Amorim Lima. Este industrial foi também responsável pela compra do retábulo de talha barroca no seu interior, proveniente do antigo Convento dos Remédios, na cidade de Braga.

     A capela foi alinhada quase perfeitamente com a de Santa Maria Madalena. A relação entre os dois templos intensifica-se pela alameda desenhada à frente da capela de Santa Marta, densamente arborizada e ladeada por uma zona de lazer.

41º 31′ 7.75″ N 8º 23′ 30.45″ W

Santa Marta das Cortiças

Extremo insere-se num território com forte densidade histórica, com origens que remontam à Idade do Bronze. Essa energia fundadora é particularmente sentida no alto de Santa Marta das Cortiças, cuja ocupação remonta ao século V a.C.

     Esse povoado passou por um processo de romanização e manteve ocupação no período do domínio Suevo, tendo sido identificada uma estrutura do que terá sido uma Basílica Paleocristã (caso único no Norte de Portugal) e um possível palácio da mesma época.

     No topo do monte encontramos hoje a capela de Santa Marta das Cortiças, uma construção que remonta ao século XVI. Construção singela, de planta quadrada e pouco ornamentada, é um dos epicentros das festividades religiosas que aqui acontecem todos os anos no mês de Julho.

     Desde este lugar é possível ver a cidade de Guimarães e parte da mancha urbana de Braga, bem como toda a área envolvente dos Sacromontes entre os dois concelhos e as serras envolventes, até à Cabreira e ao Gerês.

41º 30′ 53.12″ N 8º 23′ 39.14″ W